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Hipertensão arterial: definição, sintomas, causas e mais!

Com certeza você conhece alguém ou já ouviu falar do termo “pressão alta”. Esse termo popular é usado para referenciar a hipertensão arterial sistêmica, uma doença crônica disseminada mundialmente.

A hipertensão arterial é caracterizada por níveis persistentemente elevados de pressão nas artérias, o que pode levar a várias complicações graves se não for adequadamente controlada. 

É um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, como infartos e acidentes vasculares cerebrais, além de contribuir para problemas renais e outras condições de saúde.

Devido à sua natureza muitas vezes silenciosa, já que muitos pacientes não apresentam sintomas perceptíveis até que a condição esteja avançada, a hipertensão é frequentemente chamada de “assassino silencioso”. Vamos conhecer um pouco mais!

Definição de Hipertensão Arterial 

A hipertensão é uma condição crônica onde a pressão arterial permanece acima de 140×90 mmHg (14 por 9). Este aumento na pressão ocorre quando os vasos sanguíneos se tornam mais estreitos ou perdem a sua elasticidade, fazendo com que o coração precise trabalhar mais para bombear o sangue por todo o corpo.

A hipertensão pode ser classificada como primária (essencial) ou secundária. A hipertensão primária, que representa a maioria dos casos, não possui uma causa identificável específica, mas está associada a fatores genéticos, dietéticos e de estilo de vida, como o consumo excessivo de sal, obesidade, sedentarismo e estresse. 

Já a hipertensão secundária é decorrente de outras condições médicas subjacentes, como doenças renais, distúrbios hormonais ou uso de certos medicamentos.

A condição pode levar a complicações graves se não for tratada adequadamente. Entre as principais complicações estão as doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência renal, problemas de visão e danos aos vasos sanguíneos.

O que pode causar hipertensão arterial

As causas da hipertensão arterial podem ser classificadas com base nos dois tipos principais da doença: hipertensão essencial (ou primária) e hipertensão secundária.

Hipertensão Essencial

A hipertensão essencial, também conhecida como hipertensão primária, é a forma mais comum de pressão alta. Geralmente, desenvolve-se gradualmente ao longo da vida e está associada a diversos fatores de risco, incluindo:

  • Idade: Pessoas com mais de 65 anos têm um risco aumentado de desenvolver hipertensão.
  • História familiar: A presença de hipertensão na família pode aumentar a probabilidade de desenvolvimento da condição.
  • Sedentarismo: A falta de atividade física regular contribui para a hipertensão.
  • Alimentação: Dietas ricas em sal estão associadas a um maior risco de hipertensão.
  • Tabagismo: O hábito de fumar pode contribuir para o desenvolvimento da hipertensão.

Além desses fatores, o estresse excessivo pode também ser um contribuinte significativo para a hipertensão essencial, afetando pessoas de todas as idades, inclusive os mais jovens.

Hipertensão Secundária

A hipertensão secundária é uma forma de pressão alta que surge como consequência de outra condição de saúde subjacente. Este tipo de hipertensão geralmente aparece de forma repentina e pode ser mais grave do que a hipertensão essencial. Algumas das condições e fatores que podem levar à hipertensão secundária incluem:

  • Diabetes: Esta condição pode causar alterações nos vasos sanguíneos que levam à hipertensão.
  • Obesidade: O excesso de peso aumenta a pressão sobre o coração e os vasos sanguíneos.
  • Doenças renais: Problemas como falência renal, glomerulonefrite ou pielonefrite podem causar hipertensão.
  • Infecções crônicas nos rins: Podem comprometer a função renal, levando à hipertensão.
  • Defeitos congênitos no coração: Anomalias estruturais podem afetar a pressão arterial.
  • Tumores na glândula suprarrenal: Podem causar a liberação excessiva de hormônios que aumentam a pressão arterial.
  • Distúrbios da tireoide: Tanto o hipo quanto o hipertireoidismo podem contribuir para a hipertensão.
  • Apneia do sono: Esta condição pode aumentar a pressão arterial devido à interrupção dos padrões normais de respiração.

Além dessas causas, o consumo excessivo de álcool, o uso de drogas ilícitas e o uso de certos medicamentos, como corticóides ou anticoncepcionais orais, também podem levar ao desenvolvimento de hipertensão secundária.

Principais sintomas de Hipertensão Arterial

Embora os sintomas da hipertensão sejam raros, eles podem aparecer quando a pressão está significativamente elevada em relação ao normal, que é 12 por 8, (120×80 mmHg), manifestando-se como:

  • Náuseas
  • Tontura
  • Cansaço excessivo
  • Visão embaçada
  • Dificuldade para respirar
  • Dor no peito
  • Cefaleia (dor de cabeça)
  • Sangramento nasal (em casos mais graves)
  • Palpitações cardíacas

Sintomas da crise hipertensiva

Uma crise hipertensiva é uma condição grave onde a pressão arterial sobe rapidamente e de forma extrema, geralmente acima de 180/120 mmHg. Existem dois tipos principais de crise hipertensiva: urgência hipertensiva e emergência hipertensiva. Embora ambas sejam sérias, a emergência hipertensiva é mais crítica, pois envolve danos agudos aos órgãos.

Os sintomas de uma urgência hipertensiva podem incluir dores de cabeça intensas, tontura e visão embaçada. Esses sintomas são alarmantes, mas geralmente não há evidência de danos imediatos aos órgãos vitais. No entanto, a pressão arterial deve ser reduzida de forma controlada e monitorada por um profissional de saúde para evitar a progressão para uma emergência hipertensiva.

Na emergência hipertensiva, os sintomas são mais severos e indicam danos aos órgãos, como ao coração, cérebro ou rins. Pode haver dor no peito, dificuldade para respirar, forte dor de cabeça, confusão mental, alterações na visão, fraqueza ou perda de coordenação, e até convulsões. 

Além disso, sintomas como náuseas, vômitos, e dor abdominal intensa também podem estar presentes. Esta situação exige atenção médica imediata para evitar complicações graves, como ataque cardíaco, acidente vascular cerebral (AVC) ou insuficiência renal.

Reconhecer os sinais de uma crise hipertensiva e buscar atendimento médico de emergência é crucial. 

Como é feito o diagnóstico da hipertensão arterial

Em casos de urgência ou emergência hipertensiva, onde o paciente apresenta pressão arterial sistólica ≥180 mmHg ou diastólica ≥120 mmHg, o diagnóstico é imediato

Da mesma forma, pacientes com pressão arterial inicial ≥160 mmHg sistólica ou ≥100 mmHg diastólica que também apresentam danos em órgãos-alvo, como hipertrofia ventricular esquerda (HVE), retinopatia hipertensiva ou doença cardiovascular isquêmica, podem ser diagnosticados imediatamente.

Para outros pacientes que apresentam pressão arterial elevada em consultório, o diagnóstico de hipertensão deve ser confirmado com medições fora do consultório, sempre que possível. A monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) é considerada o padrão ouro para essa finalidade. 

Contudo, muitos profissionais optam pela medida domiciliar da pressão arterial como estratégia inicial. A hipertensão é diagnosticada se a média das medições domiciliares, feitas com técnica adequada e equipamento validado, for ≥130 mmHg sistólica ou ≥80 mmHg diastólica.

No consultório, devem ser realizadas pelo menos três medições espaçadas ao longo de semanas a meses, com a média das leituras sendo ≥130 mmHg sistólica ou ≥80 mmHg diastólica. É essencial usar uma técnica adequada de medição em todos os pacientes, especialmente quando o diagnóstico de hipertensão é baseado apenas nas leituras do consultório.

Tratamento da hipertensão arterial

O tratamento da hipertensão arterial deve ser supervisionado por um médico. Em casos de hipertensão secundária, é crucial que o tratamento seja direcionado para corrigir a condição subjacente que está causando o aumento da pressão arterial.

Para a hipertensão primária, que é a forma mais comum e não está associada a uma causa subjacente específica, o tratamento inicial envolve mudanças no estilo de vida. O médico deve recomendar a prática regular de atividades físicas, a cessação do tabagismo e a redução do consumo de sal na dieta. 

Além disso, uma alimentação saudável, controle do peso, moderação no consumo de álcool e gerenciamento do estresse são componentes essenciais dessas mudanças.

Quando as alterações no estilo de vida não são suficientes para reduzir a pressão arterial a níveis desejáveis, o cardiologista pode prescrever medicamentos anti-hipertensivos. Esses medicamentos podem incluir diuréticos, que ajudam a eliminar o excesso de sódio e água do corpo, ou beta-bloqueadores, que reduzem a frequência cardíaca e a força das contrações do coração. 

Outras classes de medicamentos, como inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA), bloqueadores dos receptores da angiotensina II e bloqueadores dos canais de cálcio, também podem ser utilizados conforme necessário.

O tratamento da hipertensão é geralmente um compromisso a longo prazo e pode exigir ajustes periódicos na medicação e nas recomendações de estilo de vida para garantir que a pressão arterial permaneça controlada e para minimizar o risco de complicações associadas. 

Espero que esse texto tenha te auxiliado a entender um pouco mais sobre a hipertensão alta. Esteja sempre com acompanhamento médico e cuide da sua saúde!